O Boeing 777 é um avião widebody de longo alcance, projetado e fabricado pela companhia norte-americana Boeing. É o maior avião bi-jato do mundo, com o motor mais potente já produzido. Pode transportar entre 283 e 368 passageiros na configuração de três classes, por até 17.000 km, ligando as principais capitais sem escala.
As principais características visuais do Boeing 777, que o diferem dos demais aviões, são o diâmetro de seus motores turbofan (são os maiores do mundo), seu trem de pouso com seis pneus cada (total de 14, somados os dois do trem de pouso do nariz), e sua fuselagem tipicamente circular e comprida.
O 777-200LR, apresentado no "Paris Air Show" de 2005, é o avião comercial com maior alcance, apenas atras do KC-10 Extender, avião tanque da Forca Aerea Americana. Em março de 2012, a Emirates recebeu o 1.000º 777. A Emirates é a única companhia no mundo que opera as seis versões do modelo, sendo cinco comercias (777-200, -200ER, -200LR, -300 e -300ER) e o 777F (Freighter), a versão cargueira, sendo um 777-200LR adaptado para carga mas com alcance reduzido.
Este avião (também chamado de Triple Seven pelos americanos) foi desenhado para ter uma capacidade de carga e passageiros intermediária entre o Boeing 767 e Boeing 747. O modelo original produzido foi o 777-200, que entrou em serviço em 1995, seguido do modelo 777-300, com mais 10,1 metros de comprimento, entrando em serviço em 1998. As versões longer-range (LR) e extended-range (ER), com maiores alcances em voo, entraram em serviço em 2004 (ER) e 2006 (LR).
A versão freighter (777F) voou pela primeira vez em 2008. Os modelos ER, LR e 777F funcionam com motores General Electric GE90 e winglets (3,9 metros). O modelo 777-200LR é o detentor atual do recorde de maior distância percorrida sem escalas (21.601 km entre Hong Kong e Londres, via EUA).
A primeira empresa a utilizar o Boeing 777 foi a United Airlines. A partir de 2008 a Singapore Airlines passou a operar a maior frota do avião em todo mundo. O modelo mais utilizado atualmente é o 777-200ER, com 410 unidades entregues até 31 de maio de 2009. No total, 56 companhias encomendaram 1.107 aviões, e 784 já foram entregues.8 O simbólico setingentésimo septuagésimo sétimo avião a ser produzido (777º) foi vendido à companhia Air France.
Durante a década de 2000, o 777 permaneceu como um dos aviões mais vendidos da Boeing. Devido aos crescentes custos com combustíveis nesse período, as empresas aéreas optaram pelo 777 como uma alternativa muito eficiente frente aos outros aviões widebody. Seus motores são 40% mais potentes e consomem 22% menos combustível que o B767. Por isso está sendo largamente usado nas rotas longas, transoceânicas e transcontinentais.
O Boeing 777 compete por mercado diretamente com o Airbus A330-300, Airbus A340, e futuramente com o Airbus A350 XWB
O 777 se destaca por ser o maior birreator a jato existente na atualidade, e por ter sido totalmente planejado com o uso de computadores, eliminando assim a necessidade de construção de um mock-up em tamanho real, além de permitir aos engenheiros testar os sistemas em conjunto em situações simuladas de voo.
Um fato que chama a atenção na concepção da aeronave, é que desde o início do projeto, pilotos das companhias aéreas lançadoras do tipo foram chamados para auxiliar nos trabalhos, o que deu ao 777 um cockpit com funções e design feitos para um melhor conforto na pilotagem. Também é a primeira aeronave fly-by-wire da Boeing, ou seja, todos os comandos executados pelo piloto são transmitidos através de impulsos eletrônicos, eliminando o uso de cabos.
Dentre os diversos avanços presentes no 777, dois merecem destaque: suas asas e seus motores, que lhe deram muita eficiência aerodinâmica, combinada com uma potência suficiente para subir a grandes altitudes de forma rápida, e desenvolver uma boa velocidade de cruzeiro.
Acidentes:
- Em 24 de agosto de 2004, um 777-312 da Singapore Airlines, teve um dos motores seriamente danificado devido a uma explosão durante a decolagem no Aeroporto de Melbourne. A conclusão foi de que partes do motor estavam corroídas pelo desgaste com o tempo.
- Em 1º de março de 2005, após o pouso no Aeroporto de Manchester, foi visto fogo no trem de pouso esquerdo de um 777-200ER da PIA. Após dada a notícia, a tripulação imediatamente evacuou a aeronave, que sofreu pequenos danos.
- Em 1º de agosto de 2005, um 777-200ER da Malaysia airlines, durante o voo na rota Perth (Austrália Ocidental)-Kuala Lumpur, indicava baixa velocidade e baixa altitude. A tripulação desligou o piloto automático e fez um pouso de emergência em Perth. Mais tarde, concluiu-se que este mesmo problema já havia acontecido na aeronave anos antes.
- Em 17 de janeiro de 2008, um 777-200ER da British Airways, na rota Pequim-Londres, não conseguiu pousar no Aeroporto de Londres Heathrow. A aeronave pousou antes da cabeceira da pista, perdeu parte das asas e o trem de pouso entrou em colapso. As investigações indicaram que, por causa da temperatura exterior, o combustível congelou durante a viagem e, quando o piloto automático aumentou a potência dos motores ao aproximar-se da pista, os tubos que levam o combustível aos motores entupiram, provocando o desligamento destes. Este foi o 1º acidente em que um modelo B777 sofreu perda total. Mesmo assim, não houve nenhuma fatalidade.
- Em 6 de julho de 2013, um 777-200ER da Asiana Airlines, na rota Coreia do Sul-EUA, perdeu sustentação na reta final para o pouso no Aeroporto Internacional de São Francisco, batendo a cauda contra o solo e entrando em colapso. O Triple Seven perdeu um pedaço da cauda e partes da fuselagem superior incendiaram e ficaram destruídas, o casco em si manteve-se praticamente intacto após o impacto. Muitos passageiros sofreram queimaduras e foram levados a hospitais da região e uma vítima em estado crítico foi levada de helicóptero para o Hospital Geral de São Francisco. 182 ficaram feridas, a maioria sem gravidade, e 2 pessoas morreram. Esse passa a ser o 1º com fatalidades (podendo chegar a 3).
- Em 7 de março de 2014, desaparece na rota Kuala Lumpur - Pequim, um avião B777-200, com 239 passageiros, entre os quais duas crianças e 12 membros da tripulação. Da companhia Malaysia Airlines, voo MH370. O contato com o avião perdeu-se quando este se encontrava no espaço aéreo do Vietnã. Há rumores de que haviam suspeitos terroristas embarcados na aeronave, cujos passaportes eram roubados. No dia 24 de março de 2014, o Premiê da Malásia, Najib Razak, confirmou que o avião sumiu no mar. Este é o acidente mais grave já registrado com um 777, e um dos mais misteriosos da aviação mundial.
Espero que tenham gostado!
Mas de fato é uma aeronave Fantástica!
Abraços do Juca!