A Força Aérea Brasileira e o Exército Brasileiro receberam seus primeiros helicóptero H225M em sua versão operacional em dezembro. A entrega fez parte do último lote do ano produzido pela Helibras, que incluiu outras duas unidades para o Exército. Com essas unidades, a Helibras encerrou 2015 com sete helicópteros H225M entregues no ano.
As três aeronaves entregues são as primeiras nas respectivas configurações operacionais para a FAB e para o Exército. Além dos sistemas já presentes nas aeronaves anteriormente recebidas pelas forças armadas, os novos helicópteros possuem equipamentos especiais que permitirão maior segurança às forças brasileiras na realização de missões de busca e salvamento em território hostil (C-SAR), como o sistema de contramedidas eletrônicas, integrado ao H225M por profissionais brasileiros e testado em voo no país, pelos pilotos da Helibras e da FAB.
A unidade operacional da FAB apresenta ainda algumas particularidades que aumentam seu raio de ação, como um tanque adicional e a presença do sistema de reabastecimento em voo (Revo). O sistema permite que a aeronave seja abastecida por um avião durante uma missão, sem a necessidade de pousar ou interromper a atividade. A previsão é de que o sistema seja empregado pela primeira vez ainda no início de 2016. Além disso, essa versão operacional da FAB conta com sensores, como o Radar Warning Receiver (RWR), Laser Warning System (LWS) e Missile Approach Warning System (MAWS), capazes de detectar a presença de radares e de mísseis inimigos. Também fazem parte do pacote sistemas de contramedidas eletrônicas, comunicação criptografada, câmera infravermelha, entre outros equipamentos.
Como os demais H225M brasileiros, essas novas aeronaves também poderão ser operadas com óculos de visão noturna. Para a familiarização das atividades a noite com esse dispositivo os pilotos realizarão treinamentos no Full Flight Simulator instalado no Centro de Treinamento e Simuladores da Helibras, no RJ.
Com essa entrega, as três Forças Armadas passam a contar com 22 aeronaves disponíveis do total das 50 unidades do contrato, sendo que 19 já estão em serviço. Os 28 helicópteros restantes serão entregues até 2022, quando a FAB contará com 9 aeronaves em configuração operacional e o Exército terá todos os seus 16 helicópteros em versão operacional, após uma etapa de retrofit nos H225M já entregues.
Como fã dessas aeronaves, resolvi presentear os amigos com um breve comparativo desses dois Grandes Supersônicos.
Vamos lá:
F - 15 Eagle:
O McDonnell Douglas F-15 Eagle é um caça táctico altamente manobrável, que pode operar sob todas as condições atmosféricas.
A superioridade do Eagle é conseguida na destreza e aceleração, alcance, armamento e aviónica. O F-15 dispõe de sistemas eletrónicos e armamento para detectar, focar, perseguir e atacar aviões inimigos quer em espaço aéreo aliado ou inimigo. Os sistemas de armamento e controle de voo foram desenhados para que uma única pessoa possa realizar combate ar-ar com segurança e eficácia.
A aceleração e agilidade do F-15 são conseguidas através de dois motores de elevada potência e reduzida carga alar, fatores vitais na capacidade de manobra, permitindo elevada velocidade ascensorial, alto teto operacional, e capacidade superlativa de manutenção de curva sustentada, características favoráveis em combate em altas e médias altitudes.
O sistema aviónico multi-missão inclui um HUD (Head Up Display) que projeta ao nível dos olhos informações de voo, navegação, aproximação além de informes sintetizados do radar e IFF. Conta ainda com sistema de navegação inercial, instrumentos de voo, comunicações em VHF e UHF, sistema de combate tático, e sistema de aterragem por instrumentos. Também comporta um sistema de combate tático eletrónico, montado internamente, e um conjunto de contra-medidas eletrónicas e computador central.
O versátil sistema de radar de pulso Doppler permite a deteção de alvos a altitudes superiores e inferiores ao avião, sem a confusão observada pela paisagem. Consegue detetar e perseguir aviões e alvos de pequenas dimensões a grande velocidade, a distâncias além do alcance visual, e a altitudes superiores ao nível das árvores. O radar alimenta o computador central com informações sobre o alvo para uma entrega eficaz do armamento. Para lutas frente-a-frente, de curto alcance, o radar automaticamente foca o avião inimigo, sendo esta informação projetada no HUD. O sistema de guerra eletrónica do F-15 dispõe de aviso contra ameaça e contra-medidas automáticas contra ameaça. Devido à velocidade ascensorial e teto operacional encontrados no F-15, o avião foi batizado de "Nave de guerra das estrelas" por ter sido cogitado como plataforma secundária de armas para o programa Star Wars, (conhecido oficialmente como Strategic Defense Iniciative, durante o Governo Ronald Reagan.
Recorde de baixas:
Em 2000 o F-15, em todas as forças aéreas, agregou um recorde de baixas de 104 alvos abatidos contra zero perdidos no combate aéreo (um F-15J japonês atingiu outro F-15J em 1995 devido a um erro num AIM-9 Sidewinder durante treinos de combate aéreo com armas reais). O F-15E susteve duas baixas provenientes de fogo antiaéreo no Guerra do Golfo em 1991. Um F-15E foi abatido em 2003 na Invasão do Iraque provavelmente devido a fogo antiaéreo.
Concepção e Design:
Uma versão de demonstração da F-15SE foi exibido pela primeira vez pela Boeing, em 17 de março de 2009. O F-15SE usará tecnologias de combate de quinta geração para reduzir a sua seção transversal do radar (RCS). Características distintas desta versão são os tanques de combustível diminuídos para que as armas fiquem guardadas internamente e as caudas verticais inclinadas 15 graus para fora para reduzir a sua seção transversal de radar. Armazenamento de Armas toma a maior parte da capacidade de cada tanque de combustível. Esta variante também terá material absorvente de radar, quando necessário. O Silent Eagle servirá os países que já possuem o F-15, como Israel, Arábia Saudita, Japão e Coréia do Sul, entre outros.
F-14 Tomcat:
Quem é ele?
O Grumman F-14 Tomcat foi um caçasupersônico, impulsionado por dois motores, provido de asas de geometria variável e tripulado por dois elementos.
Ao longo de trinta e cinco anos de serviço ativo, a bordo dos porta aviões norte americanos, foi provavelmente o caça de superioridade aérea mais importante da chamada guerra fria. Responsável pela defesa aérea da frota, tinha como missão secundária a escolta de outras unidades aéreas em missão de ataque e já no final da sua vida operacional veio a revelar ser uma extraordinária plataforma para a função de ataque ao solo com precisão.
Já retirado do inventário da Marinha dos Estados Unidos, desde o terceiro trimestre de 2006, continua em atividade no Irã, contudo são desconhecidos o número de unidades operacionais, bem como em que condições se encontram.
As origens do projeto remontam à década de 50, nessa época McDonnell Douglas fez a proposta ao governo norte americano de um "missileer" (avião porta-mísseis) que fosse capaz de defender as embarcações americanas contra ataques realizados por bombardeiros soviéticos de longo alcance o que causou o nascimento do F6D Missileer, ele foi projetado como avião de patrulha subsônico, cujos mísseis poderiam destruir as aeronaves inimigas antes que atacassem a força-tarefa ou o comboio, para garantir superioridade sobre os aparelhos soviéticos cada F6D deveria levar seis mísseis Eagle de longo alcance sob as asas e mais dois sob a fuselagem. O projeto foi interrompido no final de 1960, mas os princípios básicos do projeto foram usados no desenvolvimento do F-111B, que voou em 1965.
Entrando em operação:
Os primeiros F-14A começaram a ser entregues a marinha americana em Outubro de 1972, sendo que as duas primeiras esquadrilhas VF-1 e VF-2 foram entregues a base aérea de Miramar (Califórnia) e embarcadas no porta aviões Enterprise em Setembro de 1974.
Em 1981 o F14-A equipou a esquadrilha de testes e avaliação VX-4 em Point Mugu (Califórnia), no mesmo ano ele equipou também as esquadrilhas das fortas VF-51, VF-111 e VF-124 de Miramar e VF-32, VF-41, VF-84, VF-101 e VF-142 em Oceana (Virgínia). No início dos anos 80 a Marinha americana pretendia adquirir um total de 521 aeronaves para equipar dezoito esquadrilhas, mesmo estando a produção limitada a 30 aeronaves/ano.
Projeto básico:
O F-14 Tomcat em seu projeto básico é um biplace em tandem impulsionado por dois turbofans Pratt & Whithney TF-30-P-414 de 9.480Kg de empuxo, com pós queimadores em carenagens montadas na fuselagem. Estas apresentam na frente um complexo sistema de tomadas de ar quadradas de geometria variável e atrás, bocais divergentes/convergentes também variáveis. A empenagem traz dupla deriva, destinada a compensar qualquer falha súbita de empuxo numa das turbinas quando em velocidade máxima.
Enflechamento variável:
O F-14 Tomcat é o segundo avião produzido em série no Ocidente a usar enflechamento variável, o projeto de suas asas foi baseado na chamada "articulação externa" que fora desenvolvida pela NASA com a função de minimizar a variação na estabilidade do aparelho a medida que as partes móveis se fecham, essa tecnologia oferece vantagens especiais num caça naval, sob o enflechamento mínimo (20º no bordo de ataque) ele tem bom desempenho de decolagem e aterrisagem, grande raio de ação subsônico e elevada autonomia para patrulhamento aéreo, já sob o enflechamento máximo (68º) ele adquire admirável desempenho supersônico com repostas mínimas a lufadas em missões de penetração a alta velocidade e baixa altitude, na posição de super enflechamento (75º) o mesmo reduz a envergadura permitindo melhor acomodação no hangares dos porta aviões.
Refinamentos tecnológicos:
A superfície triangular existente no bordo de ataque na parte fixa de cada asa é um dos seus refinamentos tecnológicos, sua finalidade é compensar o deslocamento do centro aerodinâmico para trás, a velocidades muito altas estendo-se ao máximo a Mach 1,5, esse elemento pode ser operado manualmente para melhorar a manobrabilidade do F-14.
O radar Hughes AWG-9 pode atuar nas configurações de pulso e pulso-Doppler, numa operação de detecção e varredura que lhe permite monitorar 24 campos simultaneamente, enquanto o computador planeja ataques a seis alvos contidos nesses campos, o radar detecta bombardeiros a 315 Km, caças a 215 Km e pequenos mísseis teleguiados de cruzeiro a mais de 120 Km.
O Boeing 777 é um avião widebody de longo alcance, projetado e fabricado pela companhia norte-americana Boeing. É o maior avião bi-jato do mundo, com o motor mais potente já produzido. Pode transportar entre 283 e 368 passageiros na configuração de três classes, por até 17.000 km, ligando as principais capitais sem escala.
As principais características visuais do Boeing 777, que o diferem dos demais aviões, são o diâmetro de seus motores turbofan (são os maiores do mundo), seu trem de pouso com seis pneus cada (total de 14, somados os dois do trem de pouso do nariz), e sua fuselagem tipicamente circular e comprida.
O 777-200LR, apresentado no "Paris Air Show" de 2005, é o avião comercial com maior alcance, apenas atras do KC-10 Extender, avião tanque da Forca Aerea Americana. Em março de 2012, a Emirates recebeu o 1.000º 777. A Emirates é a única companhia no mundo que opera as seis versões do modelo, sendo cinco comercias (777-200, -200ER, -200LR, -300 e -300ER) e o 777F (Freighter), a versão cargueira, sendo um 777-200LR adaptado para carga mas com alcance reduzido.
Este avião (também chamado de Triple Seven pelos americanos) foi desenhado para ter uma capacidade de carga e passageiros intermediária entre o Boeing 767 e Boeing 747. O modelo original produzido foi o 777-200, que entrou em serviço em 1995, seguido do modelo 777-300, com mais 10,1 metros de comprimento, entrando em serviço em 1998. As versões longer-range (LR) e extended-range (ER), com maiores alcances em voo, entraram em serviço em 2004 (ER) e 2006 (LR).
A versão freighter (777F) voou pela primeira vez em 2008. Os modelos ER, LR e 777F funcionam com motores General ElectricGE90 e winglets (3,9 metros). O modelo 777-200LR é o detentor atual do recorde de maior distância percorrida sem escalas (21.601 km entre Hong Kong e Londres, via EUA).
A primeira empresa a utilizar o Boeing 777 foi a United Airlines. A partir de 2008 a Singapore Airlines passou a operar a maior frota do avião em todo mundo. O modelo mais utilizado atualmente é o 777-200ER, com 410 unidades entregues até 31 de maio de 2009. No total, 56 companhias encomendaram 1.107 aviões, e 784 já foram entregues.8 O simbólico setingentésimo septuagésimo sétimo avião a ser produzido (777º) foi vendido à companhia Air France.
Durante a década de 2000, o 777 permaneceu como um dos aviões mais vendidos da Boeing. Devido aos crescentes custos com combustíveis nesse período, as empresas aéreas optaram pelo 777 como uma alternativa muito eficiente frente aos outros aviões widebody. Seus motores são 40% mais potentes e consomem 22% menos combustível que o B767. Por isso está sendo largamente usado nas rotas longas, transoceânicas e transcontinentais.
O 777 se destaca por ser o maior birreator a jato existente na atualidade, e por ter sido totalmente planejado com o uso de computadores, eliminando assim a necessidade de construção de um mock-up em tamanho real, além de permitir aos engenheiros testar os sistemas em conjunto em situações simuladas de voo.
Um fato que chama a atenção na concepção da aeronave, é que desde o início do projeto, pilotos das companhias aéreas lançadoras do tipo foram chamados para auxiliar nos trabalhos, o que deu ao 777 um cockpit com funções e design feitos para um melhor conforto na pilotagem. Também é a primeira aeronave fly-by-wire da Boeing, ou seja, todos os comandos executados pelo piloto são transmitidos através de impulsos eletrônicos, eliminando o uso de cabos.
Dentre os diversos avanços presentes no 777, dois merecem destaque: suas asas e seus motores, que lhe deram muita eficiência aerodinâmica, combinada com uma potência suficiente para subir a grandes altitudes de forma rápida, e desenvolver uma boa velocidade de cruzeiro.
Em termos comparativos, o 777 é mais silencioso que o Boeing 767, mesmo tendo 40% a mais de potência. Ele é um avião que apresenta várias configurações de assentos como 2x5x2, 3x4x3 e 3x3x3.
Acidentes:
Em24 de agosto de 2004, um 777-312 da Singapore Airlines, teve um dos motores seriamente danificado devido a uma explosão durante a decolagem no Aeroporto de Melbourne. A conclusão foi de que partes do motor estavam corroídas pelo desgaste com o tempo.
Em 1º de março de 2005, após o pouso no Aeroporto de Manchester, foi visto fogo no trem de pouso esquerdo de um 777-200ER da PIA. Após dada a notícia, a tripulação imediatamente evacuou a aeronave, que sofreu pequenos danos.
Em 1º de agosto de 2005, um 777-200ER da Malaysia airlines, durante o voo na rota Perth (Austrália Ocidental)-Kuala Lumpur, indicava baixa velocidade e baixa altitude. A tripulação desligou o piloto automático e fez um pouso de emergência em Perth. Mais tarde, concluiu-se que este mesmo problema já havia acontecido na aeronave anos antes.
Em 17 de janeiro de 2008, um 777-200ER da British Airways, na rota Pequim-Londres, não conseguiu pousar no Aeroporto de Londres Heathrow. A aeronave pousou antes da cabeceira da pista, perdeu parte das asas e o trem de pouso entrou em colapso. As investigações indicaram que, por causa da temperatura exterior, o combustível congelou durante a viagem e, quando o piloto automático aumentou a potência dos motores ao aproximar-se da pista, os tubos que levam o combustível aos motores entupiram, provocando o desligamento destes. Este foi o 1º acidente em que um modelo B777 sofreu perda total. Mesmo assim, não houve nenhuma fatalidade.
Em 6 de julho de 2013, um 777-200ER da Asiana Airlines, na rota Coreia do Sul-EUA, perdeu sustentação na reta final para o pouso no Aeroporto Internacional de São Francisco, batendo a cauda contra o solo e entrando em colapso. O Triple Seven perdeu um pedaço da cauda e partes da fuselagem superior incendiaram e ficaram destruídas, o casco em si manteve-se praticamente intacto após o impacto. Muitos passageiros sofreram queimaduras e foram levados a hospitais da região e uma vítima em estado crítico foi levada de helicóptero para o Hospital Geral de São Francisco. 182 ficaram feridas, a maioria sem gravidade, e 2 pessoas morreram. Esse passa a ser o 1º com fatalidades (podendo chegar a 3).
Em 7 de março de 2014, desaparece na rota Kuala Lumpur - Pequim, um avião B777-200, com 239 passageiros, entre os quais duas crianças e 12 membros da tripulação. Da companhia Malaysia Airlines, voo MH370. O contato com o avião perdeu-se quando este se encontrava no espaço aéreo do Vietnã. Há rumores de que haviam suspeitos terroristas embarcados na aeronave, cujos passaportes eram roubados. No dia 24 de março de 2014, o Premiê da Malásia, Najib Razak, confirmou que o avião sumiu no mar. Este é o acidente mais grave já registrado com um 777, e um dos mais misteriosos da aviação mundial.